Todos nós somos constantemente bombardeados com diversos tipos de informação, isso já vem sendo dito de longa data, nosso cotidiano possui até mesmo uma frase de efeito; "Na era da informação ser ignorante é uma opção", então logo pensamos; Puxa!, a informação está correndo rápido mesmo, mas será ela útil?!
Fazemos varias observações do andamento das publicações de diversas paginas e analisando também seu publico alvo e o que esse publico ao interagir com essas paginas tem pensado.
Ficamos um tanto assustados por que primeiramente, ao divulgar ciência e digo ciência como todas as áreas, todos os tipos de conhecimento realizados pelo homem, estão simplesmente se adaptando ao publico que lhes dará mais curtidas, ou seja, geralmente são postagens de pouca qualidade e baixo teor informativo.
Todos nós estamos sendo julgados pelo desejo das massas, estamos sendo ordenhados para o caminho mais percorrido e forçados a pensar como eles, algo que é tipico de alienadores e não divulgadores de ciência, creio que muitos desses não deveriam ser chamados de divulgadores científicos e sim de apreciadores de lantejoulas.
O romantização da ciência foi algo útil e necessário, podemos ver exemplos como Carl Sagan, que inspirou muitos, tais como Neil deGrasse Tyson que agora seguiu seu legado, Richard Dawkins e seu projeto com Lawrence Krauss, espalhando o conhecimento pelo mundo, dentre muitos outros.
A romantização é necessária e benéfica, até certo momento, pois aquele que aprecia a natureza, primeiramente deve admira-la, até o ponto que esteja encorajado a compreende-la, algo que está sendo decepado pelos "divulgadores" de hoje em dia.
O problema não está nesse caso. para falar a verdade, não há problema algum se determinada pessoa quiser apreciar belas imagens e mensagens, o problema é quando a mesma quer entrar em discussões que demandam uma bagagem teórica maior e acaba destruindo debates e acabando com a propagação de novos conhecimentos, mais conhecido como achismo.
A partir do momento que temos a disposição uma grande quantidade de informação, a maior parte dela é deturpada por leigos e pelos "apreciadores de lantejoulas".
Então como na imagem acima os lantejoulas se originam mais rapidamente, enquanto os divulgadores de verdade, são poucos e possuem normalmente menor audiência. Por possuírem menor audiência muitos deles acabam aderindo o estilo dos lantejoulas para sobreviver.
Conforme o tempo avança teríamos a situação da imagem abaixo:
Conforme o tempo avança os lantejoulas passam a se unir e crescer mais, moldando a massa popular a seu gosto por suas postagens, da mesma forma os corrompidos tentaram lutar contra a agressão dessas paginas, ou seja lutar contra a migração de seu publico para os lantejoulas, porem muitos deles falham e não aturam ter poucas visualizações e curtidas então passam a copiar o estilo de postagem feita pelos lantejoulas.
Como os lantejoulas possuem pouca noção sobre ciência, temos o surgimento de deturpadores, que com sua falta de interpretação acabam com estudos, deturpam citações, historias, etc...
E isso tudo infecta o publico, criando grupos dentro do publico que apoiam certas ideias, sendo elas certas ou não.
Se determinada pessoa quer saber como as coisas funcionam então o mais logico seria procurar saber e se aprofundar, ir alem dos livros de divulgação cientifica, pois eles são somente a ponta do iceberg, caso só tenha um pouco de curiosidade somente tenha cuidado, para saciar a curiosidade a melhor maneira é pesquisar de forma correta tal assunto.
O publico deve estar atento. Aqueles que quiserem se aprofundar devem usar do ceticismo sempre, pois os meios de informações de hoje estão lotados de achismos, algo que gera pessoas sem senso critico quando se trata de artigos científicos.
Poucos se atrevem a sair da zona de conforto dos livros de divulgação cientifica, entretanto aqueles que o fazem recebem um choque de realidade, o que é essencial. O desmembramento da zona de conforto.
-Felipe Aiello
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